Nunca se produziu tanta informação dentro das empresas, especialmente em áreas como TI, cibersegurança, operações críticas e inovação. E, paradoxalmente, nunca foi tão difícil transformar esse volume de dados em decisões objetivas e em uma narrativa simples sobre “como o negócio está indo”.
KPIs (Key Performance Indicators) surgem como a resposta a esse ruído: são os poucos indicadores que realmente contam a história da estratégia, mostrando se a empresa está avançando, estagnada ou regredindo.
Com o apoio do ferramentas de análise, acompanhar KPIs deixou de ser tarefa exclusiva de analistas de BI e passou a ser prática diária de diretores, gestores e líderes de área.
Ferramentas de análise e visualização atuam justamente nesse ponto, conectando estratégia, processos e tecnologia para ajudar empresas a desenhar KPIs relevantes e transformá‑los em um sistema vivo de gestão, não apenas em dashboards bonitos.
O que são KPIs e por que eles são essenciais para a gestão
Em termos simples, KPIs são indicadores‑chave de desempenho, ou seja, números que medem o progresso em relação a objetivos estratégicos específicos.
Não são qualquer métrica, são aqueles poucos indicadores que, se acompanhados regularmente, permitem que a liderança entenda a saúde do negócio e tome decisões embasadas.
Algumas características de bons KPIs:
- Estão diretamente conectados a objetivos claros (crescer receita, aumentar margens, reduzir riscos, elevar satisfação do cliente).
- Têm fórmula, fonte de dados, periodicidade e responsável bem definidos, evitando interpretações dúbias.
- São acionáveis: quando saem da faixa esperada, geram conversas e decisões – não apenas “curiosidade analítica”.
Na prática, KPIs bem construídos trazem foco, transparência e alinhamento entre diretoria, média gestão e equipes.
Ao combiná‑los com plataformas como Microsoft 365 e Power BI, a empresa reduz o tempo gasto em consolidação de planilhas e ganha tempo para análise, discussão e ação.
KPIs estratégicos x KPIs operacionais
KPIs estratégicos:
São aqueles indicadores que olham para o longo prazo e traduzem a saúde global do negócio. Em vez de focar apenas no que aconteceu nesta semana, eles mostram se a organização está avançando na direção certa ao longo de meses ou anos.
Entram aqui métricas como crescimento de receita, margem EBITDA, nível de satisfação do cliente medido por NPS, disponibilidade de serviços realmente críticos e até o nível de exposição a riscos de cibersegurança.
Por serem diretamente ligados à estratégia, esses KPIs costumam ser acompanhados por diretoria, conselho e alta gestão. A cadência geralmente é mensal ou trimestral, o que permite observar tendências, comparar períodos e ajustar o rumo quando necessário.
São indicadores que ajudam a responder perguntas como:
“Estamos crescendo de forma sustentável?”
“Nosso risco está sob controle?”
“A experiência do cliente está melhorando ou piorando?”
KPIs operacionais:
Os KPIs operacionais têm um papel diferente, monitorando o dia a dia da organização.
Eles olham para aquilo que acontece na linha de frente, como SLA de atendimento, tempo médio de resposta a incidentes, produtividade por equipe, taxa de retrabalho ou número de incidentes de segurança por semana.
São métricas mais próximas da operação, que ajudam a identificar gargalos, desvios e oportunidades de melhoria contínua.
Por estarem ligados à rotina, esses KPIs operacionais são acompanhados com mais frequência por times e gestores táticos, muitas vezes em bases diárias ou semanais.
O ponto-chave é que eles não existem isolados, mas alimentam e explicam os KPIs estratégicos.
Quando um indicador de longo prazo começa a piorar, quase sempre é nos KPIs operacionais que a liderança vai encontrar as causas e, principalmente, as alavancas para corrigir o curso.
Ferramentas como Microsoft Viva Goals permitem conectar objetivos estratégicos (OKRs) a KPIs e projetos, integrando‑se a fontes de dados que podem ser exibidas em Power BI.
Isso cria uma linha de visão clara entre o que o conselho espera e o que as equipes entregam, algo essencial em setores críticos e regulados.
Exemplos de KPIs para áreas‑chave da empresa

Embora cada negócio tenha sua realidade, alguns KPIs são recorrentes em médias e grandes empresas, especialmente em ambientes com TI, cibersegurança e operações intensivas.
Alguns exemplos por área:
Finanças
- Margem EBITDA.
- Fluxo de caixa operacional.
- Custo operacional por unidade de receita.
Comercial e marketing
- Taxa de conversão por canal.
- Receita recorrente (MRR/ARR).
- CAC (Custo de Aquisição de Cliente) e LTV (Lifetime Value).
- Taxa de churn.
TI e cibersegurança
- Disponibilidade de sistemas críticos (% uptime).
- MTTR (Mean Time to Resolve) de incidentes.
- Número de incidentes de segurança por período.
- Percentual de ativos em conformidade com políticas de segurança.
Pessoas e liderança
- Engajamento (pesquisas internas).
- Turnover voluntário em áreas críticas.
- Tempo médio de preenchimento de vagas estratégicas.
- Índice de cumprimento de metas por equipe.
Grande parte desses dados já está em sistemas como Microsoft 365, Dynamics 365, Azure DevOps, ferramentas de ITSM e ERPs corporativos, que podem ser unificados em dashboards de Power BI e vinculados a objetivos em Viva Goals.
Erros comuns na definição de KPIs (e como evitá‑los)
Definir KPIs parece simples, mas muitos projetos naufragam por erros evitáveis.
Entre os principais:
- Ter KPIs demais
Quando tudo é KPI, nada é KPI. A liderança perde foco e passa a reagir apenas ao que está “piscando em vermelho” na tela, sem priorização.
- Escolher indicadores que não mudam decisão
Números bonitos, mas que não fazem ninguém agir diferente quando variam. Se o indicador não influencia uma decisão real, provavelmente não é um KPI.
- Medir o que é fácil, não o que é importante
Muitas empresas ficam presas ao que já está em planilhas, em vez de buscar dados que realmente traduzem a estratégia, mesmo que demandem integração adicional.
- Falta de governança
Não deixar claro quem mede, com que fórmula, a partir de qual sistema e em qual frequência gera ruídos, retrabalho e discussões intermináveis sobre “qual número está certo”.
Boas práticas para evitar isso incluem: limitar KPIs por nível (por exemplo, 5–8 estratégicos para diretoria), documentar cada indicador e usar ferramentas como Viva Goals e Power BI como “fonte única” para acompanhamento.
Como usar o Power BI para acompanhar KPIs em tempo real
Definir KPIs é metade do caminho; a outra metade é conseguir visualizá‑los com clareza e em tempo hábil. É aqui que o Power BI ganha protagonismo.
O Power BI permite:
- Criar dashboards executivos com visualizações de KPI nativas (indicadores com valor atual, meta e tendência).
- Consolidar dados de múltiplas fontes, como Excel, SharePoint, bancos de dados, Dynamics 365, sistemas de ITSM, ferramentas de cibersegurança e muito mais.
- Configurar alertas automáticos quando um KPI ultrapassa limites definidos, enviando notificações por e‑mail, Teams ou aplicativos móveis.
Para diretores e gestores, isso significa ter uma sala de controle do negócio acessível em qualquer dispositivo, atualizada praticamente em tempo real. E, quando integrado ao Microsoft 365 e ao Viva Goals, o Power BI deixa de ser apenas um BI e passa a ser parte da rotina de planejamento, execução e revisão de resultados.
Próximos passos: como a Lattine ajuda sua empresa a definir KPIs e tomar melhores decisões
Sair do discurso e transformar KPIs em prática diária exige método, experiência e entendimento profundo das plataformas Microsoft.
Não basta escolher alguns números e desenhar gráficos, é preciso conectar indicadores à estratégia, às operações e às ferramentas que sua empresa já utiliza.
A Lattine Group ajuda empresas a estruturar essa camada analítica: desde o desenho de modelos de dados e painéis em Power BI até a definição de governança, segurança e acesso para cada perfil na organização.
Se a sua organização quer usar KPIs para ir além de relatórios e realmente tomar decisões melhores, o próximo passo é simples:
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